EXPRESSÃO PARRESÍA

quarta-feira, 13 de março de 2013

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Aposentados discutiram hoje no Senado Federal os rumos políticos da classe para 2014.

As eleições se aproximam, as injustiças continuam, mas os aposentados e pensionistas brasileiros ainda não sabem o que fazer e em quem votar. Para dar-lhes uma direção política, a COBAP, juntamente com o Senador Paulo Paim, promoveu um amplo debate suprapartidário, realizado na tarde desta segunda-feira, 11 de março, às 14 horas, no Senado Federal, em espaço cedido pela Comissão de Direitos Humanos.

Estiveram presentes em Brasília, dirigentes de vários estados, todos falaram abertamente e deram sugestões. O objetivo é encontrar democraticamente, o melhor caminho a seguir pela categoria nas eleições de 2014, onde o Brasil estará elegendo, o Presidente da República, Governadores em 26 estados e no Distrito Federal, além dos deputados estaduais e federais.

Algumas lideranças e presidentes de federações, estiveram neste final de semana alojados na COBAP, vieram para participar da 7ª Marcha dos Trabalhadores e optaram em não retornar aos seus lares, pois, também estam engajados no encontro político realizado nesta segunda-feira, 11 Mar. 2013.

"Qualquer pessoa pode participar, independente de filiação partidária ou ideologia política", este foi o convite do presidente da COBAP, Warley Martins, que foi muito bem atendido com o auditório da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal cheio.

Estiveram presentes, além dos representantes das centrais sindicais, os companheiros Eduardo Souza - Presidente da Comissão Nacional QESA Brasil (CNQB), Drª Mirian da FAMIL Mulher, Drª Mirian do PAI do Brasil Mulher, Drª Luciana Loch Presidente da ANASPIN, Genivaldo da Silva Presidente da AMARP, Drº João Pimenta da ASAPREV, Drº Miguel Karton especialista em direito previdenciário, Gilvan Noronha da Comissão Estadual QESA de Pernambuco (CEQPE) e Wellington Honorato da Comissão Estadual QESA do Ceará (CEQCE).

Foto: Neivaldo Moraes de Oliveira (CNQB)

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http://www.flickr.com/photos/qesa/sets/72157632977620492/

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O QUE É PARRESIA?

Parresía - a Coragem de dizer a Verdade
04/04/2011 por Luciene Félix

O filósofo francês Michel Foucault (1926-1984), em sua obra "O governo de si e dos outros", tratará desta antiqüíssima noção e seu uso político desde os primórdios da politéia (constituição) e da democracia na Grécia.
A parresía é um discurso da verdade, é um dizer verdadeiro! O seu emprego deve se dar tanto na esfera pública quanto na privada. Algumas características lhe são peculiares: uma delas é a de que o destemido que quer confrontar o poder com a verdade esteja em condição subalterna a seu interlocutor. Portanto, podemos concluir que não há parresía quando um pai repreende um filho, um professor contesta seu aluno ou o patrão adverte o funcionário.
Há de se ter muita intimidade e confiança para que, sem magoar, sejamos autênticos. Quando a verdade é proferida sem malícia, não se guarda rancores. É delicado sermos parrésicos na vida privada e, salvo raras exceções, até dispensável.
Michel Foucault afirma que a parresía é uma certa maneira de se dizer a verdade, mas que esta maneira não pertence à erística (arte de discutir), nem à pedagogia (arte de ensinar), nem à retórica (arte da persuasão) nem tampouco a uma arte da demonstração: "Não a encontramos no que poderíamos chamar de estratégias discursivas".

Pode-se servir da parresía para emitir lições, aforismos, réplicas, opiniões, juízos etc., mas o que mais a caracteriza, onde há verdadeiramente parresía, é quando não se fica impune ao pronunciá-la.

Ele diz crer que, se quisermos analisar a parresía, não devemos nos ater ao "lado da estrutura interna do discurso, nem do lado da finalidade que o discurso verdadeiro procura atingir o interlocutor, mas do lado do locutor, ou antes, do lado do risco que o dizer-a-verdade abre para o próprio interlocutor".

Arriscado, proferir a verdade é encontrar a fúria: "é abrir para quem diz a verdade um certo espaço de risco, é abrir um perigo em que a própria existência do locutor vai estar em jogo." De fato, é se expor pelo que o Homem mais preza: liberdade. Corajosos, Parresiázesthai estão dispostos a morrer por ela." grifos nossos.