Durante o regime militar vários
integrantes das forças armadas e polícias militares foram expulsos e
presos, alguns em presídios comuns, como Água Santa e Frei Caneca.
Alguns desses militares se tornaram profissionais de destaque, como o
repórter Pedro Viegas. O foco do GT será, pelo que diz seu presidente, a
repressão política ideológica aos militares no período entre 64 e 88.
Apesar de concordar que a implantação
do regime militar foi necessária, cremos que ocorreram realmente
injustiças. Muitos militares foram expulsos e penalizados - em
esmagadora maioria praças - por conta de interpretações arbitrárias de
superiores. As próprias injustiças praticadas podem ter sido elemento
motivador para que muitos desses praças e oficiais tenham cedido ao
assédio de recrutadores comunistas e enveredado pelo caminho sem volta
da luta armada contra o regime militar.
Acreditamos, poe exemplo, que a
esmagadora maioria dos militares da marinha presentes à reunião no
sindicato dos metalúrgicos era inocente em relação à filosofia comunista
e realmente tinha somente como objetivo melhorar suas condições de
trabalho, como acabar com o tratamento sub-humano a que eram submetidos
cobertas abaixo, melhoria da alimentação etc.
Importa destacar que é bastante
numeroso o grupo de militares que sofreram perseguição e repressão por
conta de posicionamento político-ideológico, inclui-se dentre eles,
centenas de praças. Entretanto, a manobra silenciadora e expurgatória
dos membros de oposição foi completada com êxito.
Inúmeros foram os oficiais expulsos
de suas instituições, além dos que foram perseguidos. Podemos destacar
aqui brevemente, só para ilustrar, o caso dos pilotos proibidos de voar
por portarias secretas. Para fins burocráticos, estes pilotos estavam
mortos e suas esposas recebiam pensões como se viúvas fossem. Os praças e
marinheiros, nem isso, já que suas punições foram pautadas sob
argumentos disciplinares e não políticos.
fonte: sociedade militar
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