Justiça
Acusados de queimar moradores de rua no DF são condenados a 23 anos de prisão
Caso aconteceu em fevereiro de 2012; um dos moradores ficou ferido e outro morreu após ter 60% do corpo queimado
Jean-Philip Struck
Três dos cinco réus foram condenados a penas de 23 anos. Dois foram absolvidos
(Thinkstock)
Daniel de Abreu Lima, apontado como mandante do crime, foi condenado a 23 anos e dez meses de prisão. Edmar Pereira da Cunha Júnior e Lucas de Sá foram condenados cada um a 23 anos e oito meses de prisão. Todos haviam sido denunciados por tentativa de homicídio e homicídio qualificado – o MP apontou que o crime foi cometido com promessa de recompensa, uso de fogo e recurso que dificulta a defesa da vítima.
Outros dois réus, Daniel Cardoso e Gervano Balbino, foram absolvidos a pedido do Ministério Público. Os advogados dos condenados não foram localizados pela reportagem.
Crime - O crime ocorreu em fevereiro de 2012. Segundo a denúncia, Daniel de Abreu Lima, que tinha uma loja em Santa Maria, a 26 quilômetros do Plano Piloto, estava incomodado com a presença dos moradores de rua na região e ofereceu 100 reais “a quem o ajudasse a espantar os moradores de rua do local”.
Ainda segundo a denúncia, um dos acusados derramou gasolina no sofá onde uma das vítimas estava deitada e ateou fogo. As vítimas conseguiram apagar as chamas e voltaram ao local para dormir. Na mesma noite, outro réu voltou ao local e derramou gasolina novamente, desta vez sobre as vítimas e atirou um fósforo aceso sobre elas. O crime foi comparado ao caso do índio pataxó Galdino José dos Santos, que em 1997 foi queimado por um grupo de cinco jovens de classe média enquanto dormia num ponto de ônibus, na Asa Sul do Plano Piloto.
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